19 aprile 2008

Resenha de " Pedagogia da Autonomia"



Pedagogia da Autonomia - de Paulo Freire
Resenha By Tânia Barros


Este pequeno-grande livro de bolso, com apenas 163 páginas, li quando me formava em Letras. É um livro necessário a todo educador que se diz voltado para uma relação ensino/aprendizagem dos novos tempos, de interação e respeito à vida, à comunidade, e amor ao saber, aquele saber construído e transformado pela reflexão. Estou sempre relendo suas páginas, seu conteúdo reflexivo e amoroso sobre a prática do ensino. Atividade das mais complexas, digo eu, que definitivamente vem sendo sacrificada em função do deszêlo - planejado- para com o nosso sistema educacional público, ou seja, para com o desenvolvimento da grande população brasileira.


Mestre Paulo Freire em 03 capítulos subdivididos em tópicos agradáveis de ler, com simplicidade, mas com mestria na exposição do seu pensamento, intenciona nos abrir os olhos para uma prática de ensino onde estão presentes sempre o humanismo, o respeito ao saber do outro, a interação professores e alunos, e a responsabilidade do educador como ser em constante movimento de aprimoramento pessoal e profissional, para levar a cabo uma prática voltada para a criticidade e respeito pela cultura que o cerca.


"Ensinar exige segurança, competência profissional, e generosidade" "Ensinar não é transferir conhecimento" "Ensinar exige curiosidade", com chamadas como estas, o mestre vai desenvolvendo esta obra que é um reflexo de sua vivência dedicada à educação, na lida com comunidades as mais diversas e carentes de uma educação que a verdadeira democracia deveria abordar e construir.

Um livro para todos, mas fundamental para professores.

By Tânia Barros

Livro: Pedagogia da Autonomia
Autor: Paulo Freire
Editora Paz eTerra

obs.: vale a pena assistir ao vídeo montado por um aluno de Chicago - EUA.
http://www.youtube.com/watch?v=pVz_AOFuZ_E

E a este abaixo, cujo conteúdo é sobre outro livro do mestre, Pedagogia do Oprimido.
http://www.youtube.com/watch?v=362hBVUqxkI&feature=related

13 aprile 2008

Observai





EU LUZ CONDUZ!





Repare as flores,
repare as palavras,
repare os fins e os meios para as flores.

Repare os Alfas e os ômegas!

Nada é muito o que parece,
mas a essência quando expressada
- toque, olhar, pensamento,
intenção -
faz a diferença e transmuta
o caminho, o fim, o todo,
os meios.


By Tânia Barros

15 marzo 2008

Poema Escalado




MAC,CIDADE DE NITERÓI - BRASIL. OBRA DO ARQUITETO OSCAR NIEMEYER

Poema Escalado


Ao sopé da folha em branco
esmaeci ao vislumbrar teus mistéiros, poesia,
como quem não fantasia, pois o real estremece.

Mas segui. Disse a mim mesma: segue! Passo calmo,
que logo ali na frente não haverá mais significantes e significados.

E prevendo já o imprevisto, escalei duas léguas-estrofes
como quem não sabe o norte em noite sem cruzeiro do sul.

Quase sucumbi ao ter visões facínoras entre nós,
eu e ela, a poesia.

Invoquei as Musas e as Graças... devo ter invocado erradamente,
pois nesta noite meu único abrigo fora uma caverna onde deixei
o corpo sangrar.

Lembro, assim, da noite tempestuosa...
escalei seis léguas-estrofes
como quem não sabe o norte em noite sem cruzeiro do sul.

Amanheceu. Percebi o sangue seco na pedra.
Descubro bestificada que sobrevivi.
As Musas devem ter passado ali, sim. Então uma fada cantarolou da
luz que vinha de dentro, como da luz que vinha de fora criando imagens na caverna:
- Vem que já passa da hora, vem escalar sua história!

E acordando, assim, escalei oito léguas-estrofes
como quem não sabe o norte em noite sem cruzeiro do sul.

E aceitei o convite mais uma vez,
seguindo caminho outrora distante.
Paisagens nativas, outras nonsenses:
besouros, morcegos, borboletas e flores...
um tigre, um lobo, o mamute e uma serpente.
Nada me deteve ou contrangiu, nem a visão de mundo recorrente.

E subindo, assim, escalei dez léguas-estrofes
como a quem não importa a falta de norte em noite sem cruzeiro do sul.

Como quem é água corrente, mas coerente.
E como tal desci a montanha em gotas de chuva,
e subi novamente em vapor,
até bem acima da montanha inicial,
escalada em onze léguas-estrofes.


By Tânia Barros - desde as primeiras publicações
(com leves alterações)

1 marzo 2008

Anima

Minh'alma, amad'alma,
que de mundo e desmundo
é coroada!

Que desmundo é este que te alumia
luzindo tudo com galhardia?!




By Tãnia B.