SER LUZ A DOIS
Sua cor
me reflete,
eu conto histórias na sua pele.
Seu olhar
me despe,
você fantasia meu ventre em sua íris.
Ondulações suaves, te faço um laço...
ondulações frenéticas, me temes, me queres.
Seu peito esconde uma luz secular,
meu peito te saúda e chama para a chama
e que tragas tua água... nosso prana e fogo.
(By Tânia B.)
23 ottobre 2007
8 febbraio 2007
Resenha – Babel
Babel esta na lista dos indicados a melhor filme no Oscar 2007. Não é uma unanimidade de crítica e público, mas, sim, tem história boa e simples, fotografia correta, uma trama que exige maturidade da direção que não nos decepciona, e atores de impacto comercial. No mais é contentar-se com duas horas de filme mesclando monotonia e alguns picos de emoção.
Nas entrelinhas há pinceladas apontando para a questão de pais e filhos que, independente de culturas e idiomas, traz sempre expectativas e vazios, culpas e anseios.
Temos adolescência, auto-afirmação, e um misto de sentimentos confusos como, desconfiança, solidariedade e intolerância, mostrados de vários ângulos, por exemplo, nas afetações da diplomacia internacional, principalmente quando se trata de suspeita de atentados contra americanos. Confusão também no senso de limite daqueles que mesmo falando uma mesma língua, compartilhando em certo sentido um mesmo destino, não se comprometem além de determinado ponto com a dor do outro. No fundo, todo o filme mostra esta tênue linha entre a confiança e o desespero, é o medo de ficar só, de ser deixado, de ser esquecido, de não ser compreendido.
O filme que faz uma colcha de retalhos de intenções humanas, seja no que toca a liberdade de ir e vir, assim como a de pensamento. Por isso mesmo, também não poderia deixar de mostrar o trato destinado aos imigrantes mexicanos nos EUA, mesmo que passando de raspão no tema.
O casal de americanos, espinha dorsal da trama que trará todos os outros conflitos, mostra o desejo de comunicação, busca de entendimento, quando saem numa viajem pelo oriente após crise ocasionada pela morte de um filho.
Confusão também da jovem japonesa surda e muda, que além das emoções e mudanças da idade, passa pelo drama da perda materna e do preconceito gritando alto na existência, levando-a a tentar se fazer amada através do sexo, como se assim pudesse eliminar a solidão super dimensionada na questão da palavra, barreira que a mantém afastada de boa parcela daqueles da sua faixa etária que não conhecem a linguagem dos sinais.
É na rotina das cidades e dos desertos com suas tradições, interdições, falatórios, silêncios e esperanças, que se movimentam as personagens de Babel, filme que apesar de bom, inteligente, cansa a muitos, lembrando-nos como nos é cansativa a intenção e o gesto de se fazer entender no caos desumano que cresce em nossos dias. Cansativo e quase impossível. Se na Babel bíblica os homens se desentendem por questão de idioma, no filme a falta de comunicação na Era das comunicações é mais doído e forte quanto mais próximas as pessoas culturalmente.
By Tânia B.
Babel esta na lista dos indicados a melhor filme no Oscar 2007. Não é uma unanimidade de crítica e público, mas, sim, tem história boa e simples, fotografia correta, uma trama que exige maturidade da direção que não nos decepciona, e atores de impacto comercial. No mais é contentar-se com duas horas de filme mesclando monotonia e alguns picos de emoção.
Nas entrelinhas há pinceladas apontando para a questão de pais e filhos que, independente de culturas e idiomas, traz sempre expectativas e vazios, culpas e anseios.
Temos adolescência, auto-afirmação, e um misto de sentimentos confusos como, desconfiança, solidariedade e intolerância, mostrados de vários ângulos, por exemplo, nas afetações da diplomacia internacional, principalmente quando se trata de suspeita de atentados contra americanos. Confusão também no senso de limite daqueles que mesmo falando uma mesma língua, compartilhando em certo sentido um mesmo destino, não se comprometem além de determinado ponto com a dor do outro. No fundo, todo o filme mostra esta tênue linha entre a confiança e o desespero, é o medo de ficar só, de ser deixado, de ser esquecido, de não ser compreendido.
O filme que faz uma colcha de retalhos de intenções humanas, seja no que toca a liberdade de ir e vir, assim como a de pensamento. Por isso mesmo, também não poderia deixar de mostrar o trato destinado aos imigrantes mexicanos nos EUA, mesmo que passando de raspão no tema.
O casal de americanos, espinha dorsal da trama que trará todos os outros conflitos, mostra o desejo de comunicação, busca de entendimento, quando saem numa viajem pelo oriente após crise ocasionada pela morte de um filho.
Confusão também da jovem japonesa surda e muda, que além das emoções e mudanças da idade, passa pelo drama da perda materna e do preconceito gritando alto na existência, levando-a a tentar se fazer amada através do sexo, como se assim pudesse eliminar a solidão super dimensionada na questão da palavra, barreira que a mantém afastada de boa parcela daqueles da sua faixa etária que não conhecem a linguagem dos sinais.
É na rotina das cidades e dos desertos com suas tradições, interdições, falatórios, silêncios e esperanças, que se movimentam as personagens de Babel, filme que apesar de bom, inteligente, cansa a muitos, lembrando-nos como nos é cansativa a intenção e o gesto de se fazer entender no caos desumano que cresce em nossos dias. Cansativo e quase impossível. Se na Babel bíblica os homens se desentendem por questão de idioma, no filme a falta de comunicação na Era das comunicações é mais doído e forte quanto mais próximas as pessoas culturalmente.
By Tânia B.
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